Avaí: a casa da mãe Joana

Foto: Polidoro Junior
Desde 2012, quando os jogadores invadiram a coletiva do então presidente João Nilson Zunino que anunciava Marcelinho Paulista como novo dirigente do clube, o Avaí não consegue ficar mais de um trimestre sem um vexame, uma bomba, um episódio lamentável. Passamos por inúmeros atrasos de salários, rachas no elenco, jogador irregular que ocasionou em perda de pontos, dentre outros fatos dignos de um time de várzea.

O presidente Nilton Macedo, dentre outras ações deste o início de seu mandato, veio renegociando as dívidas proporcionadas pelas ações trabalhistas, principais agentes do aumento exponencial da dívida do Avaí na última década durante a gestão de João Nilson Zunino.

Mas o que aconteceu em 2015? Os salários de todos os funcionários do clube, incluindo os jogadores, atrasaram, refletindo no desempenho dentro de campo (e foi sim, fator determinante para o rebaixamento para Série B deste ano) e o pior: gerando novos processos trabalhistas, como por exemplo de Eltinho e Roberto, contra o Avaí Futebol Clube.

Isso sem contar com os péssimos resultados dentro de campo (com exceção de um acesso aos 45 minutos do segundo tempo na Série B de 2014) e com a inabilidade de conseguir patrocínios para ajudar a sanar os problemas financeiros do Avaí.

Esta semana, em entrevista coletiva convocada pelo próprio presidente, havia a expectativa de esclarecimentos ao torcedor azurra. Mas o que aconteceu? Mais um episódio desta sequência de trapalhadas da atual gestão do clube: além de nada de novo por parte do presidente, foi permitido que uma das organizadas do Avaí entrasse na coletiva de imprensa, colocasse uma faixa na mesa da coletiva pedindo a cabeça do mandante do clube e bananas sobre a faixa. Tudo isso, ao lado das marcas de nossos patrocinadores. Não contente, os jogadores apresentados após o vexame (Célio Santos e Rafinha) usaram bonés das organizadas, quando poderiam utilizar bonés do fornecedor de material esportivo do Leão, por exemplo.

Na boa: se já estamos há dois anos sem um patrocínio master (e isso por total incompetência da atual gestão), qual marca gostaria de vincular seu nome à esta verdadeira bagunça que hoje é o Avaí Futebol Clube?

Acho legítimo o papel das organizadas em protestar contra essa administração fraca de nosso clube. Se não há pulso firme dentro da Ressacada, que venha dos torcedores de forma organizada. Mas não acho que o espaço para isso seja dentro de uma coletiva de imprensa. O protesto deve ser feito nas arquibancadas, no entorno da Ressacada e em reuniões convocadas para este fim.

Hoje o Avaí está sem norte, sem rumo e sem perspectivas de futuro. A desordem está dentro e fora dos tijolos da Ressacada. Se não houve uma mudança geral no comando do clube, nosso futuro promete ser muito sombrio. A Série C está logo ali...

Via ESPNFC

Link do Post