O vento sul passa entre as cadeiras da Ressacada (por Kátia de Paula)

Quando me retirei do Conselho Deliberativo, me senti triste, parecia que eu estava traindo o meu Clube, o meu pai, o meu Amor.
Mas não me permitir compactuar com o aumento abusivo nas mensalidades dos sócios, e saí.
Hoje estou mais triste ainda. Triste porque constato a cada jogo na ressacada, que eu estava certa, que a torcida avaiana não teria condições de continuar freqüentando o Clube do seu coração.
A ressacada vazia nesse brasileirão, a ressacada silenciosa nesses jogos de 2010, a ressacada sem o pulsar dos corações avaianos, é a certeza de que a diretoria necessita com urgência, rever a política das mensalidades dos sócios e dos ingressos.
Onde estão aquelas crianças lindas, numerosas, que entravam com o time em campo?
Onde estão as famílias que coloriam a ressacada com suas camisas em azul e branco, com seu sorriso pela simples alegria de estar presente?
A luta, a coragem da torcida avaiana pela busca do acesso; a garra, o calor, a voz e a presença do torcedor, está ausente no sul da ilha.
O vento sul está mais gelado ao passar por entre cadeiras vazias; quem vai ao jogo e procura pelo “vizinho”, não acha; quer conversar com o colega ao lado mas não o encontra; quer juntar sua voz com outros avaianos, mas esses estão em casa. Não podem pagar para entrar.
Reveja Diretoria Avaiana, os preço das mensalidades e dos ingressos. Levanta os olhos, veja a ressacada vazia.
Eu quero a torcida avaiana dentro da ressacada, eu quero voltar ao Conselho nesse dia e levantar a minha mão a favor da nossa torcida.
Este belo texto é de autoria da Kátia de Paula, foi publicado hoje no Avaí Mania e reflete a opinião do DeVirada.com.br.

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