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Postado por
Fábio Feijão
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2010,
Avaí
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Após a infeliz declaração do Presidente Zunino durante um jantar de confraternização em comemoração ao aniversário do Avaí Futebol Clube, percebo que mesmo após 25 anos torcendo e sofrendo pelo Leão da Ilha, eu não sou um verdadeiro avaiano.
Como o nosso estimado presidente afirmou que dentre aquelas poucas centenas de pessoas que estavam naquele evento são os "verdadeiros avaianos", e que lá haviam principalmente patrocinadores ($) e parceiros ($), inferi que eu como atual não sócio do clube, não sou um "verdadeiro avaiano". Não, eu não espalho aos quatro ventos que não sou mais sócio. Não tenho orgulho disso. Na realidade me envergonho e ao mesmo tempo me decepciono cada vez mais com esta situação.
Desde o começo do ano, quando primeiro se tentou explicar o inexplicável e depois quando fomos chamados para uma reunião com a diretoria para tentar nos colocar de goela abaixo os novos preços das mensalidades, venho travando uma batalha junto com alguns outros blogueiros avaianos à respeito desta atitude. E me entristeço ao ver que somos ignorados e que as arquibancadas estão cada vez mais vazias. Justamente em um ano que tinha tudo pra ser uma lua de mel entre torcedor e clube.
Eu tenho orgulho de ter participado ativamente de grandes acontecimentos na história deste clube, de ter sido sócio do Avaí por alguns anos, de ter acompanhado jogo a jogo, chuva a chuva na arquibancada descoberta, a subida histórica do Avaí para a Série A em 2008. Naquela época, mesmo quando nenhum outro amigo meu podia comparecer ao estádio, eu estava lá: jogo do Avaí era um acontecimento! "Não posso, tem jogo do leão." Eu dizia.
Hoje, quem diria: a cada dia tenho menos vontade de ir à Ressacada. O pay-per-view me ganhou e até quando sobra alguma carteirinha de sócio de algum amigo, penso duas vezes se quero realmente ir pra lá. Me tiraram grande parte da emoção, do sentimento, da vontade que eu tinha em relação ao meu Avaí Futebol Clube. E justamente no melhor momento da história deste clube.
Aqui, como torcedores, gritamos antes que o pior aconteça, como já aconteceu logo alí, no co-irmão do estreito e só agora, depois de muita luta, sofrimento e humilhação, estão começando a se reerguer. Mas nosso grito é ignorado... Penso: será que é porque não somos verdadeiros avaianos? Acho que matei a charada.
14 comentários:
Fejaum!
Permita-me discordar: tu és um Verdadeiro Avaiano, daqueles que escreveram a história do Avaí com letras maiúsculas, sem chance para trocadilhos...
Nosso presidente é que está precisando de um oftalmologista, pois mesmo sendo médico, não é a área dele, para enxergar o que já não consegue e para perceber quem está abraçado com ele...
Saudações AvAiAnAs!
André Tarnowsky Filho
Fábio, falasse tudo meu querido!
Assino embaixo. Baita texto.
É o mesmo sentimento meu e de muitos outros Avaianos. Fomos ''expulsos'' do nosso próprio estádio. É lastimável ver a RESSACADA cada vez mais vazia e sem emoção.
Hoje, infelizmente, não sou mais sócio tbm, e tu me conhece, sabes que eu era um dos que esteve sempre lá tbm, fazendo chuva ou sol, dia ou noite. Mas é isso aí, NÓS QUE SOMOS OS VERDADEIROS AVAIANOS. Abração
Concordo plenamente contigo Fabio. Eu também tenho o mesmo sentimento. Era sócio do Avai desde 1998, de arquibancada, com sol, chuva (muita), fila, time ruim, por vêzes mediocre. Sempre sendo motivo de chacota por parte dos torcedores do outro lado da ponte...mas permanecia ali, firme e confiante. Até que conseguimos o objetivo tão sonhado, passar por cima dos estreitense. Agora não faço mais parte do quadro de sócios, desde a sacanagem que fizeram com o "verdadeiro torcedor", porque a massa de torcedores legitimos é a que está faltando na Ressacada, o povão, quem empurrava o time prá vitória e que agora não tem mais aquele calor de outros tempos. Qualquer torcida que venha de fora com mais de 500 pessoas, faz mais barulho do que a torcida do Avai. É decepcionante ver o que estão fazendo com o Leão, daqui a pouco vão mudar o hino, pois o time da raça não mais existirá. Ou as coisas mudam e voltam a realidade, ou vamos amargar um rápido retorno a sugundona, prá alegria dos rivais. Estaremos com um belo patrimonio para ser um grande da Série B. É uma pena Avai.
Osvaldo Mattos Fº
POis é Fejaum, nem comentei nada no meu blog sobre este discurso do presidente e como um não estava lá e não ouvi o discurso inteiro prefiro acreditar que esta frase foi tirada do contexto e por isto tem gerado tanta polêmica. Sem querer ser chapa branca, mas prefiro ter certeza do que realmente foi dito, por isto vou tentar falar com alguém que tenha ido lá e saber o contexto que isto foi dito.
Mas se realmente foi da forma que estão comentando fico muito triste. Pô, me associei ao AVAÍ ao mesmo tempo que entrei p/ Comando Azul, recém-criada, em 1993, provavelmente a pior fase da história do clube já que naquele ano caímos p/ segundona catarinense e sequer pensávamos em disputar uma Série C, quiçá uma Série A. Sou sócio desde aquela época. Já fui da arquibancada descoberta, da arquibancada coberta (existia arquibancada coberta que foi incorporada pelas cadeiras no Setor A), já fui conselheiro e hoje sou sócio do Setor A. Fui um dos fundadores da ASSTA, presidente da Comando Azul, etc.. Inclusive, no jogo com menor público na Ressacada, se não me engano era contra o Brusque, acho que em 93 quando já estávamos rebaixados, que o público total não deve ter chegado aos 30 pagantes, eu estava lá. Eu e o Mi, um cara que tb era da Comando Azul e que desde a fundação da Ressacada só faltou a dois jogos (no dia do casamento dele e no nascimento da primeira filha). Se o pessoal que foi naquele jogo, ou que já deu outras tantas provas de amor ao AVAÍ não são os verdadeiros AVAIANOS, infelizmente hoje não tenho dinheiro para ser.
Mas bola pra frente, não é por causa de um jantar ou de um pouco de confete que vou desanimar.
Saudações Azurras,
Sandro
André, agradeço as palavras. Embora eu me sinta parte da história deste clube, o momento me faz refletir e escrever este verdadeiro "desabafo" público. "Quero meu Avaí de volta!"
Abraço.
Rafael, realmente é um sentimento diferente. É estranho o que estamos sentindo. E também tenho certeza que não é só a gente: tem muito (mas muito mesmo!) torcedor compartilhando da mesma decepção.
Eu sei que precisamos continuar batendo na mesma tecla até que algo mude, mas sinceramente, estou cada dia menos motivado para tal. Torço para que não tenhamos os mesmos rumos do co-irmão. Infelizmente, só me resta torcer...
Abraços.
Osvaldo, infelizmente, preciso concordar com essa tua frase: "...daqui a pouco vão mudar o hino, pois o time da raça não mais existirá."
Digo "infelizmente", pois é o que está acontecendo: aquela força que vinha das arquibancadas e empurrava o time, está acabando. E infelizmente não podemos fazer nada para mudar isso...
Abraço.
Sandro, eu realmente admiro torcedores guerreiros como você ou o Botelho por exemplo. São caras calejados, já passaram por poucas e boas e mesmo nos piores momentos (como a atual relação diretoria-torcida), não estremecem e continuam pensando positivo. Eu, sinceramente, não consigo neste momento pensar pelo lado bom, mas de coração: admiro vocês e fico feliz que tenhamos torcedores "pegando junto" como vocês.
Valeu guri! Abraços!
Concordo contigo. Não és mesmo um grande avaiano. Imagino que passar o dia falando do Avaí, ter um blog para tratar dos assuntos do clube, apoiar e criticar faça parte do dia-a-dia de um grande avaiano. Mas por outro lado, colocar o clube em último na lista de prioridade não me parece uma atitude tão digna.
Você mesmo admitiu que o PPV está convidativo.
Pois bem, você, pelo que me diz, deve gastar R$ 50,00 num jantar, um belo sushi em uma noite, mas acha caro o valor de R$ 60,00 no Setor D inferior, de frente para o campo, área totalmente renovada. Sabemos que isso dá cerca de R$ 15,00 por jogo em casa. Também existe a opção de ajudar o clube por ajudar, assim como fazem 60mil torcedores do Internacional de POA. Lá esses apaixonados pagam R$ 25,00 por mês, mesmo plano do Avaí, simplesmente para permitir que o clube atinja seus objetivos.
Me desculpa a sinceridade, mas você não é um avaiano de verdade pelos motivos que citei, e não porque o presidente fez um comentário infeliz (se é que fez). Sou sócio do Setor A, não fui convidado mas sei que mesmo que ele tenha falado isso, foi um modo de dizer à toda a torcida e não à um grupo.
Um grande abraço,
Marcelo
Parabéns Fábio!
Me enquadro 100% neste teu texto!
Abs,
Leandro
Marcelo, você está certo: hoje o Avaí não está mais entre minhas pioridades. Deixou de ser minha obsessão para virar talvez um hobbie ou algo assim. E se continuar do jeito que está sendo conduzido pela diretoria, talvez nem hobbie mais. O desânimo está grande, como nunca esteve.
Mas vejo um lado bom nisso: passei a valorizar mais o que realmente importa, como família e amigos (sim, existem alguns amigos que não são muito chegados ao Avaí).
Valeu Marcelo.
Abraços.
Leandro, infelizmente eu, você e mais grande parte da torcida também se enquadram nesse texto. Infelizmente!
Abraços.
Grande Fábio,
Eu mais do que nunca acompanho o teu afastamento do Avaí, bem como todo o brochamento que esta campanha de sócios do vem causando a todos nós que sempre acompanhamos o Leão. É realmente triste acordar e ver que o Avaí hoje não liga se a ressacada está cheia ou não, se somos 20 mil ou 300 no estádio. O importante é o lucro. A partir do momento que o Avaí não nos trata como prioridade, temos todo o direito de revermos as nossas.
Forte abraço
Anderson, meu quirido.
Falasse tudo e mais um pouco: "A partir do momento que o Avaí não nos trata como prioridade, temos todo o direito de revermos as nossas."
Sem mais a acrescentar.
Abraços!
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