De quem é a culpa?

Lamentável. É o que se pode dizer da edição da capa da Revista Placar.

Podemos responsabilizar o editor pelo preconceito e desrespeito? Sim. Ele excluiu Avaí e Atlético-GO sob qual critério?

O Avaí está há dois anos na série A, enquanto uns aí recém subiram. Além disso, o editor alega que não estamos entre as maiores torcidas do país. Baseado em quem? Por que não cita as referências?

Ele justifica também, dizendo que a situação vivida pelo clube é levada em conta. Ah é? Me explica porque o Avaí, que na época do fechamento estava nas quartas-de-final da Copa do Brasil, está em situação pior que outros 18? Me diz qual é a situação do nosso arquirrival? E o Atlético-GO? Era o então finalista do estadual e atual campeão.

Me poupe! Onde cabem 18 fotos, cabem mais duas. É uma questão de prioridade à ética e não à estética (e olha que eu acho que mesmo que pusessem mais dois não comprometeria a estética).

Maaaaaaaas, o que não podemos esquecer é que a imagem do clube é construída por ele mesmo. Transferindo metade da responsabilidade para o editor, significa que a outra metade (ou até mais) é nossa! Por isso, concordo plenamente com a hipótese, do blog Avaixonados, de falha Gestão de Marca do Avaí.

Recentemente o nosso goleiro Renan esteve no SporTV. Não vestia a camisa social do clube e sequer levou uma para presentear os jornalistas. Com Silas, em sua participação no mesmo canal, idem. No caso da morte do preparador físico, Pantera, nem se fala. E olha que não falo de coisas grandiosas, 99% dos clubes fazem isso. É só copiar. Essa é a mais simples estratégia de inserção gratuita na mídia. Rende frutos e não custa nada.

Esses casos recentes, que uso para ilustrar outros casos do passado, só evidenciam o despreparo do Avaí em construir sua própria imagem. A conseqüência disso está na capa da Placar. Ou melhor, não está!

A foto eu peguei do site Avaixonados

5 comentários:

Fábio Feijão disse...

Luiza,

Isso sem falar na frequencia que vejo nosso escudo fora do padrão (aquele arredondado, com 4 listras) sendo utilizado em sites grandes, como por exemplo no iG e no R7. E olha que já mandei e-mail pros sites reclamando (coisa que o clube deveria fazer).

Veja em loco:
http://esporte.ig.com.br/
http://esportes.r7.com/

Eu também vou falar disse...

Você está certa quanto ao fato de que o Renan poderia estar usando uma camisa social do Avai em sua entrevista para o Sport. Agora, não dava era para presentear os jornalistas, porque ele estava em Florianópolis. O que ele ia dizer? Olha pessoal, estou deixando aqui na RBS umas camisas do Avaí. Depois o pessoal manda pra vocês em São Paulo.
Abraços
Paulinho

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Não, Maria Luiza, adoro os teus comentários, mas não posso concordar com este, de que o simples "esquecimento" de uma camisa, de um mimo, leve os editores a não nos prestigiar. O café com brócolis tem esta intenção e a gente condena. Creio que a história de um clube, a sua tradição devem ser suficientes para ser matéria de jornal, de revista ou seja lá o que for.
O "algo mais", aí, sim, pode ajudar. Mas não podemos admitir marketing interesseiro, não é mesmo?

Anônimo disse...

O erro jornalístico é imperdoável ..... por estar disputando o mesmo camopeonato deveria estar presente , talvez não com o mesmo espaço , entretanto presente.
Quanto a presença com a camisa do AVAI em entrevistas ..... deveria ser obrigatória por contrato.
Dar umas camisas de presente em programas , não acho nada demais pois o programa não é patrocinado pelo AVAI ( café com brocolis é patrocinado pela mundiça ), questão de gentileza e acho um bom marketing .

A Miguel.

Maria Luiza Gil disse...

Fábio, não só sites, como camisetas e bandeiras espalhadas por aí levam esse símbolo tosco. Uma vergonha pra nossa imagem...
Eu também vou falar, desculpe. Eu construí a frase errada. Quis dizer que o Renan não usou a camiseta e o Silas, em participação no SporTV, mais precisamente no Bem Amigos, não só não usou o uniforme do clube, como não levou para nenhum dos jornalistas e comentaristas que compõem o programa.
Alexandre, se a vida fosse assim tudo seria lindo. Mas não é. Eu também gostaria que o simples fato de ter uma história longa e de sucesso, o Avaí merecesse um lugar ao sol. As coisas na imprensa não funcionam desta maneira. Como diz o ditado chulo “Quem não dá assistência abre concorrência”, pois então... Quem não é visto não é lembrado e, para um clube “pequeno” como somos, ainda estamos em fase de construção de imagem junto à imprensa nacional, e um deslize desses só mostra como ainda agimos como amadores. Essa é uma prática comum no relacionamento com a imprensa, e não é nenhum pecado. Não é um pedido de prestígio, é questão de manter um bom relacionamento com a imprensa. E o caso da camiseta é só uma gota nessa caixa d’água. Eu mesma passei pela situação de precisar da assessoria de imprensa do Avaí e acabar esperando sentada. Isso é inadmissível. E a mídia não perdoa deslizes. O interesse de aparecer é todo do Avaí. Hoje, não são mais os jornalistas que correm atrás de um clube. Os clubes que correm atrás da imprensa. O Avaí ainda não descobriu isso.

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