Déjà vu de 2007 (por Maria Luiza Gil)

Depois de um comentário de desabafo em uma postagem do Fábio Fejaum (link), fui convidada a ser “o olhar feminino” dentro do DeVirada. Como uma apaixonada pelo Avaí, e também pela arte de dar palpites, aceitei. O fato é que eu estou a pelo menos 8mil km de distância do Avaí e sem recursos para acompanhar o dia a dia do clube. Me resta viver de futebol ao vivo na internet (que trava o tempo todo), de minuto a minuto, de notícias e de blogs.
Nesta situação, resolvi me prender ao passado. A atual fase pela qual o Avaí está passando me reporta àquela de 2007. A situação do Leão, guardadas as proporções, era semelhante à de hoje: ameaça de rebaixamento.
O último jogo do Avaí no campeonato da série B daquele ano foi contra o Ituano. Era a última rodada e ainda tínhamos chances de sermos rebaixados. Ganhamos de 4 a 0. No time estavam: Eduardo Martini, Batista, Emerson, Ferdinando, Rafael... todos estes, jogadores que subiriam com o Avaí no ano seguinte.
Eram 9.133 torcedores na Ressacada, animados como se disputássemos o acesso. Devo dizer que a empolgação vinha do time, que passava confiança. Verdade. E que a equipe de hoje anima tanto quando uma partida de golfe. Também é verdade. Mas a intenção é mostrar que depois de escapar daquele rebaixamento ganhamos fôlego, fomos campeões catarinense e subimos para a série A.
Na 34a rodada da série B de 2007, tínhamos 44 pontos. As rodadas seguintes incluíam dois jogos em casa e dois jogos fora. Ganhamos os dois em casa, perdemos um fora e empatamos o outro. Fizemos sete pontos em quatro jogos. Terminamos o campeonato com 51 pontos, na 15a colocação.
Hoje temos 34 pontos e amargamos o 18o lugar. Faltam ainda dois jogos fora e dois dentro da Ressacada. Se repetirmos o feito de 2007, terminaremos o campeonato com 41 pontos. É o suficiente? Não sei. Até porque, como já dizia meu pai: o “se” não joga futebol.
O que conta é que o apoio da torcida, o time já tem. Falta a garra de jogar por ela e pelo clube. A garra que eu vi, a 8mil km de distância, numa transmissão travada, contra o Emelec. A garra que eu vi em 2007, grudada no alambrado. A garra que eu quero ver no próximo streaming, contra o Internacional.
Reage Leão, está mais do que na hora.

6 comentários:

Unknown disse...

Maria Luiza Gil,

Primeiramente seja bem vinda ao Blog. O olhar feminimo sobre o leão era o que faltava ao Devirada e pelo visto você já preencheu muito bem este lugar.

Segundo gostei muito do seu post. O Avaí realmente tem denovo o apoio do seu torcedor, a sorte de a cada rodada os resultados sempre ajudarem, só a própria equipe que não se ajuda.

Se falta raça, se o problema está no departamento medico ou se os jogares que hoje vestem a camisa do leão não merecem vestir o manto sagrado eu não sei.

Só sei que se a reação não partir dos jogadores a situação não irá mudar.

Reage Leão!

Fábio Feijão disse...

Luiza,

Parabéns pelo seu belo texto!

Concordo totalmente com a sua comparação com 2007. Lembro que neste ano, mesmo desacreditados, a torcida empurrou o time rumo à permanência na Série B. Foi muita emoção!

Mas neste ano não consigo sentir a mesma coisa: embora agora a torcida esteja de volta (ingressos mais baratos) o time não dá confiança.

Torço muito, mas não acredito que fiquemos na Série A 2010!

Beijos!

Eduardo disse...

torcida fiel!!

Gostei da comparação com uma partida de GOLFE ehahahahah

MAS A TORCIDA ESTRÁ LÁ!!

Dejavú positivo!!

Kk De Paula disse...

Excelente texto. Parabéns e mesmo tu estando distante, teu coração se mostra bem próximo. Valeu!

André Gil disse...

Boa Tete...

isso mesmo...sangue azul é sangue Gil

Me recordo deste jogo contra o Ituano, entrei pq o Coxinha me obrigou, fiquei ali na Grade...com medo, mas qdo a torcida começou vi que somos fortes...

Vamu Vamu AVAê

Abraços

Anônimo disse...

Filha

Você a cada dia que passa está escrevendo melhor, enchendo de orgulho a Família Avaiana Gil e preferencialmente teu pai que fez de você uma Avaina fanática. Como escrevesse em seu post aquele time passava confiança e este não. Gostaria sinceramente de ter seu otimismo, mas a única coisa que posso fazer estou fazendo, ir a campo e torcendo pelo nosso LEÃO.
Estamos com saudade
Beijos do teu pai ( da sua mãe e irmã tbem)
Márcio Luiz Gil

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