Do jogo de ontem só consigo enumerar erros, então preparei uma forma bem didática pra não cometê-los novamente.
O despreparo juvenil da PM
Até burro sabe que na entrada do setor D tem concentração da torcida do Avaí. E em dia de clássico, triplica a quantidade de pessoas. Mas a nossa PM se garante, e foi por lá mesmo que mandou passar os cinco ônibus da torcida doladodelá. E como a polícia já previa quando tomou tão inteligente decisão, era um tal de coraçãozinho pra cá, eu te amo pra lá, até calcinha os alvirosados arremessaram pra torcida do Avaí, tamanho amor. E quando a cabeça não pensa, quem paga? Os avaianos, óbvio. Dá-lhe spray de pimenta e cassetete neles.
Lição: desviar das aglomerações. Existem 8.789.123 ruas alternativas para passar a frota alvirosa, por que então escolher a pior delas?
A escolha dos sinalizadores
Acho lindo e me orgulho do ROF. Somos conhecidos nacionalmente pela bela festa que fazemos. Mas acho que podemos substituir os sinalizadores que soltam faísca por aqueles que soltam uma fumaça colorida, que são muito mais inofensivos e não menos bonitos.
Lição: pensar nas consequências antes de tomar decisões.
Culpar os sinalizadores
HAHAHAHA isso nem se fala, né. JURO, não é brincadeira, tem gente culpando os sinalizadores pela nossa derrota! Faz-me rir (sic)... O jogo esfriou pros dois times. Se o Avaí parou por 15 minutos, o Figueira também parou! Se todos os problemas do Avaí fossem os sinalizadores, impediríamos a entrada deles e seríamos campeões do Mundial Interclubes!
Lição: é preferível ficar quieto ao invés de falar besteira.
3-5-2?
Alguém avisa que esse esquema é usado quando os alas são ofensivos e ajudam o meio de campo (who?) a criar oportunidades... O esquema de ontem era 8-0-2. Os oito de trás lançavam por cima do buraco, no caso, o zero, e rezavam (sim, oremos!) pra bola chegar aos pobres coitados dos nossos atacantes. Vejamos, os três zagueiros, OK, estavam lá. Dois atacantes, OK também. Mas, e os cinco que deveriam estar no meio?
Marcinho Guerreiro cumpre seu papel, muito bem, obrigada, mas ontem ficou tão atrás – como todo o time que estava retrancadíssimo – que mais um passo tava dentro do gol. Diogo Orlando, coitado, fedeu mais do que cheirou (mas se ele é ruim a culpa de quem o escala). Do Marquinhos não podemos falar com medo de represália – mas, cá entre nós, só joga quando tá afim e não dá pra esperar pelo bom humor do craque do time. Alguém explica pra ele o papel que ele cumpre no Avaí, além de capitão, é ídolo, ontem era dia pra mostrar isso, mas ele preferiu se esconder... Ousaria até dizer que era uma mensagem subliminar pro nosso treinador mandar uma ajuda pra ele, mas não funcionou. Julinho, o único que chegou perto de cumprir sua função só não o fez por causa da retranca. Com um DO inoperante ele tinha que ajudar na marcação, aí não rola né. E o que dizer de Gustavo? Ele até agora quer entender porque ainda é escalado na lateral.
Lição: não inventar. Cada macaco no seu galho. Tenho medo de encontrar o Pastor Malafaia improvisado na ala direita (este nome foi escolhido aleatoriamente, para ilustrar, sem intolerância ou julgamentos religiosos).
Os zumbis de azul e branco
“É um time sem alma”, disse meu tio, Maurício Gil (perdoem a rima). Exato. Como diz o ilustríssimo Galvão Bueno: “é coração no bico da chuteira, amigo”. Mas os jogadores pareciam estar disputando um amistoso. Onde foi parar a raça, no maior clássico de SC? Marquinhos – avaiano, capitão, líder e porta-voz que é –, não deu nenhum grito de ânimo e incentivo com seus companheiros. Aliás, o jogo dele se amornou junto com os outros. Os atletas corriam atrás dos seus marcadores num esquema “me marca que eu não quero receber a bola”. Clássico é a oportunidade de ouro para o jogador ganhar simpatia da torcida, mostrar que merece ser titular. Neste último, eu dava banco pra metade do time. Poucos merecem meu respeito.
Lição: agarrem a oportunidade com afinco, ela pode ser a última (mas relaxa que não será, porque o treinador é o Silas e ele sempre dá a milésima chance).
Erros de Silas
Ele é o erro em pessoa. Só pelo fato de ser treinador do Avaí. Outro é a falta de humildade em não assumi-lo. Seria muito mais digno do que ficar dando desculpas esfarrapadas que só nos irritam e fazem crer que o nosso treinador nos tira por burros.
Se errar duas vezes é burrice, na enésima é o que? Paralisia, aneurisma, acefalia? Que tipo de treinador não conhece seu próprio elenco, suas limitações, as possibilidades de mudança, etc... Pois o nosso não sabe.
Ele não sabe que Diogo Orlando é limitado. Ele não sabe que Felipe mal jogou pelo Avaí e que em dia de clássico não dá pra fazer testes. Ele não sabe que Marquinhos estava trotando em campo e que Estrada não só deveria jogar, como foi chamado pela torcida. Ele não sabe que para que a bola chegue ao ataque ela precisa passar por um meio de campo eficiente. E por não saber disso, ao invés de um meia, colocou mais um atacante e queimou uma substituição. Ele não sabe que contra um time ofensivo que é o Figueirense, o contra-ataque é uma arma. E por não saber disso escalou os jogadores mais lentos que tinha nas mãos – salvo somente Julinho, pobre garoto. Quantas vezes ele partiu na correria e quando chegou no ataque parou pra esperar o bando que vinha se arrastando atrás? O nosso técnico não sabe também que os chuveirinhos na área ainda não surtiram efeito e não surtirão mais, chega de dar murro em ponta de faca.
Lição: Coerência manda lembranças.
Mas passou. Futebol é isso aí, uma caixinha de surpresas. Um dia a gente perde, no outro a gente ganha. Eles foram mais felizes. Com certeza. Agora é levantar a cabeça. Nós temos uma boa equipe. Temos outro confronto no final de semana. Vamos buscar os três pontos e conseguir a classificação. É isso aí.
Maria Luíza Gil
O despreparo juvenil da PM
Até burro sabe que na entrada do setor D tem concentração da torcida do Avaí. E em dia de clássico, triplica a quantidade de pessoas. Mas a nossa PM se garante, e foi por lá mesmo que mandou passar os cinco ônibus da torcida doladodelá. E como a polícia já previa quando tomou tão inteligente decisão, era um tal de coraçãozinho pra cá, eu te amo pra lá, até calcinha os alvirosados arremessaram pra torcida do Avaí, tamanho amor. E quando a cabeça não pensa, quem paga? Os avaianos, óbvio. Dá-lhe spray de pimenta e cassetete neles.
Lição: desviar das aglomerações. Existem 8.789.123 ruas alternativas para passar a frota alvirosa, por que então escolher a pior delas?
A escolha dos sinalizadores
Acho lindo e me orgulho do ROF. Somos conhecidos nacionalmente pela bela festa que fazemos. Mas acho que podemos substituir os sinalizadores que soltam faísca por aqueles que soltam uma fumaça colorida, que são muito mais inofensivos e não menos bonitos.
Lição: pensar nas consequências antes de tomar decisões.
Culpar os sinalizadores
HAHAHAHA isso nem se fala, né. JURO, não é brincadeira, tem gente culpando os sinalizadores pela nossa derrota! Faz-me rir (sic)... O jogo esfriou pros dois times. Se o Avaí parou por 15 minutos, o Figueira também parou! Se todos os problemas do Avaí fossem os sinalizadores, impediríamos a entrada deles e seríamos campeões do Mundial Interclubes!
Lição: é preferível ficar quieto ao invés de falar besteira.
3-5-2?
Alguém avisa que esse esquema é usado quando os alas são ofensivos e ajudam o meio de campo (who?) a criar oportunidades... O esquema de ontem era 8-0-2. Os oito de trás lançavam por cima do buraco, no caso, o zero, e rezavam (sim, oremos!) pra bola chegar aos pobres coitados dos nossos atacantes. Vejamos, os três zagueiros, OK, estavam lá. Dois atacantes, OK também. Mas, e os cinco que deveriam estar no meio?
Marcinho Guerreiro cumpre seu papel, muito bem, obrigada, mas ontem ficou tão atrás – como todo o time que estava retrancadíssimo – que mais um passo tava dentro do gol. Diogo Orlando, coitado, fedeu mais do que cheirou (mas se ele é ruim a culpa de quem o escala). Do Marquinhos não podemos falar com medo de represália – mas, cá entre nós, só joga quando tá afim e não dá pra esperar pelo bom humor do craque do time. Alguém explica pra ele o papel que ele cumpre no Avaí, além de capitão, é ídolo, ontem era dia pra mostrar isso, mas ele preferiu se esconder... Ousaria até dizer que era uma mensagem subliminar pro nosso treinador mandar uma ajuda pra ele, mas não funcionou. Julinho, o único que chegou perto de cumprir sua função só não o fez por causa da retranca. Com um DO inoperante ele tinha que ajudar na marcação, aí não rola né. E o que dizer de Gustavo? Ele até agora quer entender porque ainda é escalado na lateral.
Lição: não inventar. Cada macaco no seu galho. Tenho medo de encontrar o Pastor Malafaia improvisado na ala direita (este nome foi escolhido aleatoriamente, para ilustrar, sem intolerância ou julgamentos religiosos).
Os zumbis de azul e branco
“É um time sem alma”, disse meu tio, Maurício Gil (perdoem a rima). Exato. Como diz o ilustríssimo Galvão Bueno: “é coração no bico da chuteira, amigo”. Mas os jogadores pareciam estar disputando um amistoso. Onde foi parar a raça, no maior clássico de SC? Marquinhos – avaiano, capitão, líder e porta-voz que é –, não deu nenhum grito de ânimo e incentivo com seus companheiros. Aliás, o jogo dele se amornou junto com os outros. Os atletas corriam atrás dos seus marcadores num esquema “me marca que eu não quero receber a bola”. Clássico é a oportunidade de ouro para o jogador ganhar simpatia da torcida, mostrar que merece ser titular. Neste último, eu dava banco pra metade do time. Poucos merecem meu respeito.
Lição: agarrem a oportunidade com afinco, ela pode ser a última (mas relaxa que não será, porque o treinador é o Silas e ele sempre dá a milésima chance).
Erros de Silas
Ele é o erro em pessoa. Só pelo fato de ser treinador do Avaí. Outro é a falta de humildade em não assumi-lo. Seria muito mais digno do que ficar dando desculpas esfarrapadas que só nos irritam e fazem crer que o nosso treinador nos tira por burros.
Se errar duas vezes é burrice, na enésima é o que? Paralisia, aneurisma, acefalia? Que tipo de treinador não conhece seu próprio elenco, suas limitações, as possibilidades de mudança, etc... Pois o nosso não sabe.
Ele não sabe que Diogo Orlando é limitado. Ele não sabe que Felipe mal jogou pelo Avaí e que em dia de clássico não dá pra fazer testes. Ele não sabe que Marquinhos estava trotando em campo e que Estrada não só deveria jogar, como foi chamado pela torcida. Ele não sabe que para que a bola chegue ao ataque ela precisa passar por um meio de campo eficiente. E por não saber disso, ao invés de um meia, colocou mais um atacante e queimou uma substituição. Ele não sabe que contra um time ofensivo que é o Figueirense, o contra-ataque é uma arma. E por não saber disso escalou os jogadores mais lentos que tinha nas mãos – salvo somente Julinho, pobre garoto. Quantas vezes ele partiu na correria e quando chegou no ataque parou pra esperar o bando que vinha se arrastando atrás? O nosso técnico não sabe também que os chuveirinhos na área ainda não surtiram efeito e não surtirão mais, chega de dar murro em ponta de faca.
Lição: Coerência manda lembranças.
Mas passou. Futebol é isso aí, uma caixinha de surpresas. Um dia a gente perde, no outro a gente ganha. Eles foram mais felizes. Com certeza. Agora é levantar a cabeça. Nós temos uma boa equipe. Temos outro confronto no final de semana. Vamos buscar os três pontos e conseguir a classificação. É isso aí.
Maria Luíza Gil
9 comentários:
a torcida do figueirense passa por essa mesma rua desde o primeiro classico na ressacada
Belo post... fiquei até emocionado!!! Simplesmente traduziu tudo e que estamos cansados de ver e sofrer... parabéns..
Diretoria, Rene Simões esta desempregado... segue a dica!!!!
Excelente Tete
Bj
Seu comentário foi bom, mas defender o ROF é dose. Esse é o V ROF e só agora perceberam que este tipo de sinalizador é que faz fumaça? Tenha dó. Não é a primeira vez que um jogo é interrompido por causa dele. Fizeram besteira e tem que assumir a responsabilidade. A derrota não foi por causa disso, mas pode ter certeza que contribuiu, principalmente porque o árbitro ficou a vontade para dar apenas 2 minutos de acréscimo que ele deu quando ainda faltavam 14 minutos para acabar o jogo.
Estou aqui vendo um programa esportivo... estão falando do Cruzeiro: o time tem no meio campo Roger e Montillo gastando a bola.
O Avaí tem o Estrada, que entrou meia dúzia de vezes em campo e em todas foi eficiente. O Marquinhos, me desculpem os críticos do jogador, está transtornado por estar a tantos jogos sozinho no meio campo do Avaí. Outro que está sendo queimado pela teimosia inexplicável do treinador é o mediano volante Diogo Orlando, que como volante é um jogador razoável, mas como meia armador é deplorável.
Só uma pessoa consegue explicar esse enigma: Silas. Creio que mais ninguém.
Fumaça e fogo nao combina com espetaculo de futebol. Ja fui queimado e tive meu uniforme danificado por esse tipo de espetaculo. O Avai nao perdeu por causa de sinalizadores, perdeu porque nao quiz jogar. Sua maior estrela e idolo da torcida nao joga, quem vai jogar? Foi o jogo dentro de nossos dominio mas facil de ganhar. Os caras vieram para nao perder, mas silas e o time deram um jeito deles ganharem.
Belo texto! Disseste tudo, com humor. Gostei mesmo. Manda ao Silas (Pereira, não Malafaia, rsrsrs).
Reclamam muito do Diogo Orlando, inclusive foi muito vaiado durante o jogo, o que sou totalmente contra. Num clássico a única coisa que não pode acontecer a torcida ir contra o próprio time. É um jogo tão disputado que qualquer detalhe (inclusive o incentivo) pode fazer a diferença. O Diogo Orlando é um bom jogador de contenção (1º volante), mas no esquema atual, o Marcinho fica atrás, o Marquinhos, que é a referência ofensiva no meio, fica marcado por 2 e sobra o Diogo Orlando pra armar. Aí não dá pra crucificar o cara que tá jogando fora de posição. O Silas jogava com esse esquema quando ele tinha o Ferdinando e o Leó Gago, ambos subiam bem ao ataque e tinham bom chute de fora da área. Só ele acha que o Marcinho e o Diogo vão fazer igual...
Anônimo 1 – por mais que a torcida do Figueirense e de todos os outros adversários passem por lá há milênios, não significa que seja o certo a fazer. Se fosse o certo não haveria confusão como a que houve no domingo. Uma coisa não justifica a outra. Isso só mostra que o erro vem se repetindo sempre e nenhuma alma com consciência sugeriu mudança junto à PM.
Anônimo 2 – obrigada. Também estou na torcida pela queda do Silas e a vinda de Renê Simões. Antes que seja tarde demais.
André Gil – obrigada feio. A parte em que falei que não dava pra culpar os sinalizadores tirei daquela conversa no alemão. Faça o favor né, o cara querer culpar a fumaça. Hahaha
Eu também vou falar - gostaria de convidá-lo a reler a parte em que falo do ROF. Eu defendo essa festa sim, porque é linda. Mas sugiro a substituição dos sinalizadores que soltam faísca – os que queimam a roupa e machucam – pelas fumaças coloridas que produzem o mesmo efeito e são inofensivas. E sobre os acréscimos... graças a Deus ele só deu 2 minutos, aquela calamidade, aquela auto-humilhação, tinha que acabar logo. Tenho medo do que poderia acontecer com mais alguns minutos de jogo.
Anônimo 3 – sim, eu sou uma das pessoas que acredita no potencial do Marquinhos. O problema é que ele realmente não quer jogar sozinho no meio. Ele tem sua parcela de razão. Porque o treinador deve enxergar isso e não enxerga. Mas ele não pode comprometer um clássico só porque ta com birra de jogar sozinho. Ele poderia ter se doado mais ao time. Se fosse em outro jogo, até seria perdoável um corpo mole, pro Silas enxergá-lo, mas no clássico, como ídolo e torcedor que é, ele não deveria ter feito isso. Ou talvez ele tivesse num mal dia mesmo. Sobre o DO, concordo. Ele está fora da posição, assim como Gustavo. Eu não o vaiei, acho que ele não tem culpa alguma e não merece receber vaias pelos outros.
Sergio Jr – sobre os sinalizadores, minha opinião é aquela que respondi ao “Eu também vou falar”. E quanto a sua última frase: concordo em gênero, número e grau.
George – obrigada. Acho que de alguma forma as críticas da torcida, incluindo dos blogueiros, chegam até ele. O problema é que ele é tão arrogante, que não se dá o trabalho de repensar seus conceitos.
Rodrigo – sobre DO, foi o que eu falei pro “Anônimo 3”, fora da posição, não dá pra cobrar excelência. Sou totalmente contra vaias ao Avaí em qualquer ocasião. Elas não ajudam em nada, cortam qualquer possibilidade de ânimo, gás e reação do torcedor, ao invés de estimular o time, afundam. Pra que serve então? Jogar uma pá de cal em cima? Que deixem pra fazer isso no fim da partida. Não dá pra entender, por exemplo, no domingo quando DO tocava na bola era vaia em uníssono, e quando os figayras estavam com a posse, era um silêncio completo. Tá tudo errado. É preciso aprender a torcer.
Postar um comentário