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Gilson Kleina chega à Ressacada em meio à uma das maiores crises da história do Avaí Futebol Clube Foto: Getty Images |
Mesmo recém promovido a Série A, hoje o Avaí atravessa uma das
maiores crises de sua história. Não bastou o Avaí não ter se
classificado entre os seis melhores: hoje, no "quadrangular da morte" do
Campeonato Catarinense, seguramos a lanterna. Faltando apenas três
jogos para o futuro do Leão da Ilha ser definido, hoje nossa realidade é
a Série B do estadual e a Série A do Brasileirão.
Mas esta situação vexatória não vem de hoje: desde a dispensa do
diretor de futebol Carlos Arini em 2012, então campeão estadual em cima
do Figueirense naquele ano, episódio este onde os jogadores azzurras
invadiram a sala de imprensa e mostraram sua instisfação com o então
presidente Zunino pela substituição de Arini por Marcelinho Paulista, o
torcedor avaiano não consegue ter mais de 3 meses de sossego.
Já nos estaduais de 2014 e 2015, o Avaí lutou pelo "hexagonal da
morte" e "quadrangular da morte", respectivamente. O acesso à Série A no
ano passado, foi mais sorte que juízo: embora tivéssemos a Série B mais
fraca da história, o Avaí começou mal, lutando pela parte de baixo da
tabela. Até que Geninho foi contratado e mudou tudo: chegamos à alcançar
a liderança da competição.
Mas quando tudo parecia estar favorável pelo acesso azurra (e até
mesmo pelo título do campeonato), os jogadores avaianos, à exemplo do
que fizeram em 2013, começaram a entregar jogos fáceis. Chegamos na
última rodada precisando de uma combinação de resultados impossíveis:
mas a sorte nos sorriu e o acesso veio.
O culpado do acesso? Única e exclusivamente Geninho!
A esperança? Voltou-se ao auxiliar técnico Raul Cabral, porém a
falta de garra dos jogadores foi repetida e perdemos novamente, desta
vez por 2x1, contra o também fraquíssimo Marcílio Dias.
E hoje, quando ninguém esperava que a sonolenta diretoria avaiana
fosse agir, eis que o bom técnico Gilson Kleina foi apresentado.
Confesso que me surpreendi positivamente com o nome: além de ser um
técnico com experiência de Série A, sabe pegar um time desacreditado e
motivá-lo. Tudo que precisamos neste momento.
Mas é preciso mudar. E mudar de verdade.
Agora cabe ao departamento de futebol ter pulso firme com
panelinhas de jogadores e rachas de elenco. Que puna exemplarmente os
cabeças, mesmo que sejam ídolos do clube. Tapinha nas costas só nos
levará ao fundo do poço!
Afinal, a incompetência que vemos dentro de campo ao longo
desses anos, é reflexo da incompetência que existe na Ressacada fora das
quatro linhas.
De nada adianta mudar o diretor ou o técnico, se os mesmos que
estão encrustrados nas entranhas da Ressacada, sem apresentar resultados
satisfatórios há tanto tempo, também não mudarem.
"Ah, mas fulano não tem nada a ver com futebol". Oras, o Avaí é um clube de futebol. Todos os esforços são em vão se o futebol não funciona. Então todos, sem exceção, devem ser responsabilizados pelo fracasso dentro de campo.
E caso ocorram novos atrasos salariais, a diretoria, que está há 1
ano e quase 4 meses sem conseguir fechar com um patrocínio master e que
mantém em sua folha um número exagerado de funcionários, não terá o
direito de reclamar.
Se não conseguimos segurar resultados favoráveis contra Guarani
da Palhoça e Marcílio Dias nos dias de hoje, como vamos fazer com Santos
ou Palmeiras na Série A?
Ao Gilson Kleina, boa sorte! Você vai precisar...
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